Uma grande bandeira com a suástica estampada, colocada no centro da grande sala, pessoas se cumprimentando com “Heil Hitler”, assim começa mais uma reunião do Partido Nazista em Pernambuco.
Pois é isso tudo aconteceu em Paulista, Região Metropolitana do Recife, em um Casarão pertencente à família Lundren.
Os encontros aconteceram oficialmente de 1932 a 1938, depois da proibição pelo o governo brasileiro, eles começaram a se encontra clandestinamente, mas sendo vigiados de perto pelo os espiões do Dops. Essas reuniões tinham como objetivo difundir entre os alemães, a ideologia de Hitler e os planos de expansão do regime.
Oficialmente, os alemães vinha para o Brasil trabalhar a fabrica de Tecidos Paulista que deu origem à rede de lojas Casas Pernambucanas, de propriedade dos Lundgren.
Em 1942 é criado o campo de concentração para os alemães, na região de Araiçoiba, antigo distrito de Igarassu. Batizado de Chã de Estevam, porem diferente dos campos de concentração da Alemanha, que matou muito gente em especial os Judeus. O campo brasileiro ficou dentro das terras pertencentes a fabrica de Tecidos Paulista da família Lundgren, assim não deixaram de trabalhar. Eles tinham certa liberdade, podiam sai da cidade-campo deste que possuíssem licença previa do Dops, assim podiam ir para médicos, dentistas e outras coisas. Mas não poderiam ir á praia e eram proibidos de fazer reuniões ou manifestações coletivas.
De acordo com a historiadora e professora da UPE-Garanhuns, Maria Lana Monteiro: “Em Chã de Estevam eles eram confinados, mas não sofriam torturas. Podiam sair do campo para a trabalhar na fábrica e voltar”
Hitler ( segundo uma tese defendida por alguns historiadores) queria expandir seu domínio para a América do Sul. “Na América do Sul, o Brasil era um dos focos por sua posição geográfica... Era um complexo estratégico e tinha uma população germânica representativa” (Maria Lana Monteiro)
Segundo Maria Lana o regime tinha “tentáculos”, mas não é possível afirmar categoricamente que Hitler vinha para cá, uma vez que a confirmação exigiria mais documentos.
FONTE DE PESQUISA: Diário de Pernambuco, Edição do dia 10 de Julho de 2011.
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